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domingo, 25 de setembro de 2016

Brasyl, de Ian McDonald


Não pensei duas vezes antes de colocar o livro Brasyl, do britânico Ian McDonald, como favorito no Skoob, porque, caramba, que livro bom! Já enumero os adjetivos logo de cara para não ficar me repetindo: divertido, frenético, inquietante, criativo…

Divertido porque cada uma de suas três linhas temporais apresenta uma história —de início, aparentemente— diferente da outra, e todas elas com elementos bastante característicos e bem apresentados. Boa parte da diversão, ao menos para mim, foi em entender aquele mundo, porque o autor não perde tempo explicando nada; vai jogando ação e diálogo na sua cara e você que se vire para ambientar a história. Isso, contudo, não é difícil — e menos ainda na linha narrativa que se passa em 2006, no Rio de Janeiro. Outra das linhas se passa em 2032, em São Paulo, e a terceira em 1732 no coração da Floresta Amazônica. Melhores escolhas não haviam para representar o nosso país — e calma, eu ainda vou chegar nesse assunto.




segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Universo desconstruído, organizado por Lady Sybylla e Aline Valek


O tempo da supremacia absoluta das editoras no mundo literário chegou ao fim com a plataforma Clube de Autores.

Ok, não exageremos; não é bem assim. Contudo, há algo de verdade nessa frase. Até pouco tempo, o único meio de ingressar no mercado literário e ver sua obra chegar a qualquer lugar era, sim, uma exclusividade daqueles que eram escolhidos pelas poderosas editoras — agora, essa referida plataforma permite que você “suba” o arquivo de seu livro e o venda, através do site, impresso, encadernado, no formato de livro, bonitinho, para qualquer lugar, e ganhando o quanto você quiser. Isso permite que autores que estão perdidos no imenso mar de originais em que os editores naufragam finalmente façam suas obras verem a luz e atingirem os tão esperados leitores. O problema é que também permite que obras que jamais passariam por qualquer tipo de crivo minimamente consciente também tenham sua chance, mas, como a plataforma permite que se veja —e leia— as primeiras páginas de cada obra, cabe a cada um filtrar e descobrir o que realmente vale a pena ali. E essas obras existem, e cabe a nós, produtores de conteúdo online, descobri-las e levá-las ao conhecimento geral.

E é aqui que entra a antologia Universo desconstruído: Ficção científica feminista, organizado pela Lady Sybylla e pela Aline Valek: é uma obra ótima, auto-publicada pela Clube de Autores e que não deve nada a nenhuma publicada por editoras tradicionais!



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Um trecho marcante de Douglas Adams #2


A história da Galáxia ficou meio confusa por dois motivos: em parte porque aqueles que tentavam acompanhá-la ficaram meio confusos, mas também porque coisas incrivelmente confusas aconteceram de fato. 
Um dos problemas tem a ver com a velocidade da luz e com as dificuldades encontradas em tentar ultrapassá-la. Não dá. Nada viaja mais rápido que a velocidade da luz, com exceção talvez das más notícias, que obedecem a leis próprias e especiais. Os Hingefreel de Arkintoofle Menor bem que tentaram construir naves espaciais movidas a más notícias, mas elas não funcionavam particularmente bem e, como eram extremamente mal recebidas sempre que chegavam a algum lugar, não fazia o menor sentido estar lá. 
Então, de modo geral, as pessoas da Galáxia acabavam ficando entretidas com suas próprias confusões locais e a história da Galáxia em si foi, por um bom tempo, basicamente cosmológica.