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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Os meus Cinco Preferidos - de todos os tempos!


Fazer um top de qualquer coisa e qualquer quantidade sempre é difícil, não é? Esse não foi. Não mesmo. Dentre tudo o que eu gosto em literatura, esses 5 livros sempre estiverem um degrau acima. São os exemplos do que eu gosto, são o resumo do que eu espero em um livro, são as obras que eu gostaria de ter escrito, são os livros que eu levaria para qualquer lugar em que só me fosse permitido levar 5 livros.

Fazer um top deixa uma falsa impressão de que o que está fora dela não presta. Muito pelo contrário; existem muitos livros que poderiam substituir esses numa hipotética ilha deserta se esses não fossem possíveis de serem levados. No entanto, uma vez que eles podem ser escolhidos, eles o foram.

E são eles:


O SENHOR DOS ANÉIS


Para um escritor de fantasia, não há novidade aqui. O senhor dos anéis é a obra máxima do gênero — e pessoas mais ousadas poderiam dizer que é a obra máxima de qualquer gênero. Embora não tenha personagens femininas suficientes — a única que agradaria em termos de força seria a Eowyn —, é uma baita história sobre a amizade, sobre o senso de dever e sobre, acima de tudo, fazer o que é certo. É assim que eu vejo essa história.


O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS


Também não há novidade para um amante de ficção científica — O guia do mochileiro das galáxias é, por muitos, considerada a obra máxima desse gênero. Até mesmo as poucas pessoas que não gostam dele admitem sua importância — até para o nosso mundo real (um dos primeiros tradutores online foram inspirados nele, assim como a Wikipedia, para dar alguns exemplos). Sem falar do humor inteligente da obra, que mescla o insano e o exagerado a acidíssimas críticas ao nosso mundo moderno.


DEUSES AMERICANOS


Neil Gaiman é, atualmente, o meu escritor preferido. Não sei se é por causa da sua sutileza, se é por causa de sua prosa poética, se é por causa do jeito que ele escolhe as palavras, se é por causa dos seus temas... Talvez seja por tudo isso junto. Gaiman encontra a magia nas coisas do nosso dia-a-dia. Deuses americanos foi a primeira obra que li dele, e por pouco acho essa obra a minha preferida. O oceano no fim do caminho é um páreo duro, mas creio que esse seja mais completo. Como disse Bolaño, O oceano é seu exercício perfeito, sua batalha ganha, enquanto Deuses é a sua guerra completa, onde tudo o que Gaiman é escorre pelas páginas, em seus aspectos bons e ruins.


A ESTRADA


Curiosamente, A estrada está aqui por motivos contrários ao Deuses americanos — ele está aqui por sua concisão. Pela poesia de suas linhas. Pela sutileza com que Cormac McCarthy conduz seus personagens e trama em um mundo cruel, duro e estéril. É, sem dúvida, a distopia mais realista já escrita.


KAFKA À BEIRA-MAR


E essa é a minha escolha mais curiosa: Kafka à beira-mar, do japonês Haruki Murakami. Esse livro simplesmente mudou a minha forma de ver a literatura. Murakami me mostrou que, sim, esse tipo de história pode ser escrita. Nem tudo tem que fazer sentido. Nem todas as pontas têm que ser amarradas, nem tudo tem que ter explicação. Nada precisa ter explicação, se você não quiser. Você pode criar personagens incríveis e cheios de camadas, você pode criar um personagem transgênero e homossexual ao mesmo tempo — e que é confuso até a si mesmo!

Foi Murakami com seu Kafka à beira-mar quem me mostrou que a literatura não precisa seguir nenhum exemplo.

Que o papel foi feito para registrar o que existe dentro da cabeça do escritor.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Microconto #5: O abridor de latas e os zumbis


Quando tinha vinte anos, Jim foi a uma cigana e, por doze dólares, pediu-a para ler o seu futuro.

 Um grande amigo lhe dará um instrumento que salvará a sua vida  ela disse.

Cinco anos depois, Chris se cansou de ouvir reclamações da esposa sobre o abridor de latas que não tinha corte e o deu a Jim, que estava em sua casa. Jim o abraçou e chorou como se tivesse ganhado na loteria.

Quando finalmente começou o apocalipse zumbi, Jim morreu comido por doze zumbis, e o abridor de latas, então, jamais saiu de dentro do seu bolso.

Microconto #4: A incrivelmente triste história de Cornelius, o Pássaro Falante


Ele caiu do ninho e morreu, antes de aprender a falar.