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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Vem novidade por aí…


Ainda que eu não vá dizer realmente nada com esta postagem, posso adiantar a vocês, nobres leitores do blog, que uma novidade está surgindo no horizonte.

E no horizonte próximo, diga–se de passagem ;)


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Unicelular, de Tarsis Magellan


Que surpresa foi o romance Unicelular, do manauara Tarsis Magellan! Não que eu não tenha me interessado por ele desde o início, no Wattpad, e depois quando veio para o Clube de Autores, e, finalmente, após comprar o meu Kindle, onde o comprei na Amazon! Inclusive, na época do Clube, ele entrou no meu desafio; assim sendo...

.: Este é o terceiro livro do Desafio Literário Clube de Autores, de um total de 7 livros! :.


Para começar a falar do romance, quero fazer um exercício com vocês, leitores: pensem em elementos de filmes norte–americanos de sucesso — é bem possível que eles estejam em Unicelular. Temos uma protagonista policial forte e decidida; um parque temático com criaturas fascinantes e incrivelmente perigosas; elementos de ficção científica que estão diretamente relacionados ao nosso dia a dia; mortes deliciosamente estapafúrdias; conspirações; empresas gigantes e inescrupulosas destruindo o meio ambiente; cenários futuristas, meio alienígenas e impressionantes em sua execução; explosões!; robôs; e o melhor de tudo, a única coisa que não se encontra em Hollywood: a história se passa no Brasil, em meio a cenários que todos nós, se não conhecemos, já ouvimos falar. E, creiam–me: nada disso — absolutamente nada — ficou forçado. Desculpem se pareço empolgado, é que estou mesmo, hehe.

Mas, afinal, o que acontece no livro? Para simplificar, sem spoilers: Uma agente da ABIN — a versão brasileira Herbert Richers da CIA — manda sua melhor agente, Rosa Villar, para investigar a Iniciativa Unicelular, depois que acidentes com pessoas no litoral começam a demonstrar um padrão. Lá, os cientistas da Iniciativa estão montando um parque temático onde as principais atrações são os organismos unicelulares... mas não exatamente como eles deveriam ser. No entanto, no decorrer de suas investigações, Rosa percebe que as coisas não são bem como ela imaginava (e nós, leitores, também, já que a trama vai por caminhos inesperados o tempo todo). Mas, Rahmati... Afinal, a história é de ficção científica, policial ou um thriller? É tudo isso! E funciona muito bem!

O autor, Tarsis Magellan (gosto desse nome, porque me lembra o meu disco preferido da banda Savatage, o The wake of Magellan), escreve muito bem, e seu estilo, como eu acho que deve ser nesse tipo de história, não se sobrepõe à trama; ele não inventa a roda, apenas a usa muito bem, com rolamentos novos e pneus de boa qualidade, hehe. Apesar de ser um lançamento independente, não encontrei grandes erros, nem de português nem de diagramação (claro, existem alguns, mas inofensivos). A capa, inclusive, é linda, e passa muito bem a ideia da trama.

Em resumo, depois de tudo o que eu falei: é um livro que eu indico MUITO. Merece ser comprado na Amazon, merece ser comprada a sua versão física, que ainda vai ser lançada (foi retirado do Clube de Autores), porque parece que está ficando muito bonita, e o autor merece ser publicado numa grande editora. Inclusive, ele eleva bastante a expectativa por suas futuras produções.

Unicelular, assim sendo, leva um belo dum 4,5 de 5. Fez comigo, inclusive, o que muitos poucos livros fazem ultimamente: me deixou com saudade do cenário onde se passa :)

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A menina submersa: Memórias, de Caitlín R Kiernan


Uma das poucas coisas que realmente me estressam, na literatura, é me sentir enganado. Não fico “bravo" quando leio uma obra mal escrita; eu simplesmente faço uma careta e a abandono. Também não fico “bravo" quando chego a um final ruim de um livro; dependendo de como foi a jornada, eu somente penso: “ah, bem que essa história merecia um final melhor..." (Lost, é com você, minha filha.) Mas quando uma obra me engana... Ah, aí eu fico fulo. É verdadeiramente uma traição. O principal exemplo, para mim, disso, é o livro Grande irmão, como mencionei nesse desabafo aqui.

Em A menina submersa: Memórias, não é exatamente a obra que me enganou — foi como a venderam para mim.


Em todas as artes, textos e etcéteras promocionais da editora Darkside, esse livro é vendido como um livro de terror. Ou, ao menos, um terror psicológico. Tudo bem que a protagonista começa o livro dizendo que vai contar uma história de fantasmas — no entanto, não é uma história de terror. Se você, leitor do blog, quer ler esse livro por causa disso, repense. A menina submersa é sim uma história de fantasmas, com sereias e lobos, mas são os fantasmas, sereias e lobos da protagonista, India Morgan Phelps, ou Imp, porque ela é esquizofrênica. Não, isso não é uma interpretação minha. Sim, isso está escrito no livro. Que é narrado em primeira pessoa. Pela protagonista. Que não deixa dúvidas. É a história dela, como ela se lembra, e inventando o que não lembra. Pode ser que tenha um ou outro elemento fantástico? Sim, pode. Mas não é esse o foco. Não é uma história de terror. É uma ótima história que destrincha, que escarafuncha, que desnuda a cabeça de uma pessoa perturbada por uma doença que rouba dela qualquer controle que ela tenha de sua mente — e isso, não tenham dúvidas, é muito bem feito —, mas não é a história que eu esperava ler quando abri o livro. Porque quem gosta de ler sabe que é preciso estar numa vibe adequada àquele livro. Quando se está com aquela puta vontade de ler uma fantasia épica e a única coisa que se tem em mãos é um Orgulho e preconceito ou um A moreninha, é óbvio que não se extrairá o que essas obras têm de melhor.

A menina submersa é um bom livro, que fique claro. Não é excelente, contudo. Apesar de ter adorado as viagens da protagonista e os problemas de relação dela com as mulheres de sua vida, Eva e Abalyn, achei o livro denso e arrastado demais. Talvez, como eu disse, por ter esperado outro tipo de narrativa. A diagramação é boa, com “supresinhas" ao longo das páginas, e a relação toda da protagonista com a arte em geral é bem legal, ainda que sempre envolta nesse véu de confusão e estranheza de todo o livro.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Picta Mundi, de Gleice Couto


Picta Mundi, da autora Gleice Couto, chamou a minha atenção desde o primeiro momento em que descobri sua existência, na bela e amada lista de e–books gratuitos da Amazon, hehe. Gostei da capa, do título, e, posteriormente, da sinopse. Vi que se tratava de uma história onde, por qualquer motivo, se era possível entrar nos mundos — ou nas realidades alternativas — dos quadros, das pinturas, e isso falou muito comigo, porque são duas coisas que eu curto bastante, realidades paralelas e óleo sobre tela.


Picta Mundi, como vocês já devem ter suspeitado, é uma obra independente. Faz tempo, contudo, que isso deixou de ter, para mim, algum significado além do óbvio — o de não ter uma editora. Atualmente, muitos escritores (eu arriscaria dizer a maioria) estão tomando cuidado com suas “edições do autor", procurando revisores, leitores beta, leitores críticos e capistas, e isso reflete em obras como essa. Aqui, a diagramação é muito boa, os capítulos iniciam com um desenho de uma pena, a revisão do português está ótima, enfim; o trabalho é melhor que, inclusive, o de algumas editoras por aí. Mas e a trama?

Trata-se, também, de uma história young adult. Nela, acompanhamos, no começo, Letícia e Daniel, alunos do colégio Dippel, que se encontram na diretoria para receberem suas detenções. A escola é de alto nível, e ambos parecem não se encaixar muito bem naqueles padrões. Logo percebem que têm algo em comum: ambos perderam pessoas próximas. Daniel perdeu seu irmão, Felipe, desaparecido, e Letícia seu pai, Raul, que morreu em condições incertas. A vida de ambos desandou a partir desses eventos. No entanto... Daniel diz a Letícia que as coisas não são bem assim. Felipe não desapareceu, na verdade, e está com o pai da menina em um mundo paralelo, acessado por meio de pinturas especiais. E precisa da ajuda dela para fugirem. (E, é óbvio, ela acha que ele tá muito doidão de dorgas.)

Enquanto a ideia é excelente — e criativa, porque não me lembro de muitas obras parecidas —, a execução é, para mim, vale frisar, “apenas" boa. Entendam: o livro é bem escrito, não há falhas na trama nem na continuidade, nada realmente que desabone. A autora conduz muito bem a história e os personagens. Contudo... meu problema é com o “estilo" young adult. Parece que não consigo me conectar muito bem... É curioso, porque nem é por qualquer bobeira do tipo “ah, as situações são inverossímeis", ou “os personagens são inseguros", ou “não gosto de adolescentes"; é que, nessas obras, eu meio que sinto como se estivesse assistindo a um “filme de Sessão da Tarde", se vocês entendem o que quero dizer com essa referência. Não estou dizendo sobre esse livro, mas me parece, ao ler uma obra desse gênero, que os protagonistas não vão realmente correr algum risco, sabe? Que eles vão sim conseguir o que querem no final, então parece que não consigo me conectar com os personagens. Certamente o problema é meu.

Para quem ama, entretanto, o gênero YA — e são muitas pessoas —, certamente vai adorar o Picta Mundi. Criativo, bem executado, bem escrito, e com personagens muito bem construídos, humanos até dizer chega. A protagonista, inclusive, chega a irritar de tanta humanice, haha. Vale a pena demais ;)