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domingo, 31 de julho de 2016

Um adeus a Kouji Wada


Faleceu nesse dia 3 de abril o intérprete da minha música tema de animes preferida, o incrível Kouji Wada. A música em questão se chama Butterfly, do anime Digimon, que coloriu minha adolescência, e é realmente uma ótima canção.

Vou deixar aqui a letra traduzida dessa música, que serve bem como uma homenagem a mais esse talentoso ser humano que o câncer nos roubou aos 42 anos de idade, assim como um vídeo de uma de suas últimas performances cantando-a, já bastante debilitado, mas, talvez por isso mesmo, tão tocante.



Butterfly

Vou me tornar uma alegre borboleta, e cavalgar o vento brilhante
E assim irei ver você em breve
É melhor esquecer as coisas desnecessárias
Não há mais tempo para desperdiçar
O que você quer dizer?
Acho que iremos alcançar os céus
Apesar de eu nem saber quais serão meus planos para amanhã

Depois de um sonho sem fim
Nesse mundo de vacuidade
Temos a impressão de que nossos tão queridos sonhos se perderão
E mesmo com essas asas tão pouco confiáveis
Cobertas com imagens que tendem a durar
Eu acredito que poderemos voar
Oh meu amor.

Vou me tornar uma alegre borboleta, e cavalgar um vento mais sério
E eu vou ver você seja lá onde você estiver
Palavras ambíguas são surpreendentemente úteis
E eu vou gritá-las, enquanto ouço uma canção de sucesso
O que você acha?
Eu fico pensando se elas vão ecoar por toda essa cidade
Mas não há porque anteciparmos nada

Depois de um sonho sem fim
Nesse mundo tão miserável
Está certo, talvez fugir do senso comum não seja assim tão ruim
E mesmo com essas asas tão desajeitadas
Tingidas com imagens que parecem durar
Eu acredito que poderemos voar
Oh meu amor.

Contos do Dragão: Kamerorkester


"Então é isso, pensei. Foi minha revelação. O meu "eu" no espelho parecia agora o policial — surgia nas minhas costas a mesma sombra que envolvia aquele homem que se convertera num hidrante de sangue. Eu era um anjo negro, com asas retorcidas que se dobravam e se contorciam e me engolfavam, exatamente como as dele. Antes, eu sofri muito até descobrir que somente eu via aquelas coisas, mas apenas naquele momento eu percebi o que aquilo significava. 
Se eu fosse um cara diferenciado, teria tido uma iluminação divina, um insight, e teria decidido mudar minha vida, ajudar os outros... Mas a única coisa que realmente pensei naquele momento foi: Cara, vou ganhar muito dinheiro com isso. E ganhei mesmo. 
Estudei melhor minha habilidade — o dom que Deus ou o Demônio me deram —, até que eu pudesse entender cada nuance, cada variação das sombras, e procurei meu primeiro "cliente" assim que acabou a época da escola — o prazo que me dei para ambos os estudos. Não foi necessária muita análise; os telejornais mostraram as complicações que o delegado estava enfrentando com criminosos — ou, numa interpretação mais realista, a sua incompetência em negociar com os bambambãs da cidade —, então ficou claro o meu primeiro objetivo: voltar à delegacia."

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