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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Retrospectiva literária 2016


Esse post já está virando uma tradição — que ótimo! Assim sendo, pelo terceiro ano consecutivo, trago–lhes a minha Retrospectiva literária :D

E nessa, felizmente, eu não fui um mero leitor, um mero apreciador das obras alheias. Eu trouxe à vida muitas obras de minha própria autoria — algumas graças à editora Draco, uma graças à revista Trasgo, e outra, a que mais tenho orgulho, por minhas próprias mãos. É claro que estou falando dos meus contos Nil, My shadow plan, Kamerorkester, Paid in full, Aquecimento global (Em fogo alto), Noturno deserto e do meu romance O arquivo dos sonhos perdidos. É de uma alegria imensurável ver minhas obras coexistindo com todas aquelas que tanto me inspiram, mesmo que num degrau bem abaixo. Mas isso é o de menos.

No entanto, em 2016 eu também li bastante. Não tanto quanto em '14 ou '15, quando li 58 e 55 livros, respectivamente, mas estou certo que, em termos de qualidade, foi algo bem próximo. Vamos, então, à minha lista de leituras:

  1. A vida como ela é…, de Nelson Rodrigues;
  2. Iron man: Minha jornada com o Black Sabbath, de Tony Iommi;
  3. O aleph, de Jorge Luis Borges;
  4. O clone de Cristo vol. 2: Nascimento de uma era. de James BeauSeigneur;
  5. Diga meu nome e eu viverei, de Lady Sybylla;
  6. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez;
  7. O escaravelho de ouro e outras histórias, de Edgar Allan Poe;
  8. Branca dos Mortos e os sete zumbis e outros contos macabros, de Fábio Yabu;
  9. A Torre Negra vol. III: As terras devastadas, de Stephen King;
  10. Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban (releitura) e
  11. Harry Potter e o Cálice de Fogo (releitura), de J K Rowling;
  12. Na órbita de Aldebarã, organizada por Damon Knight;
  13. A cidade inteira dorme e outros contos, de Ray Bradbury;
  14. Forgotten Realms — O Vale do Vento Gélido vol. 1: A estilha de cristal, de R A Salvatore;
  15. Universo desconstruído: Ficção científica feminista, organizada por Lady Sybylla & Aline Valek;
  16. Sentimentos à flor da pele, organizada por Vilto Reis & Anna Schermak;
  17. Smoke and mirrors: Short fictions and illusions, de Neil Gaiman;
  18. Em algum lugar do passado, de Richard Matheson;
  19. Dias perfeitos, de Raphael Montes;
  20. Recruta Zero vol. 1, de Mort Walker;
  21. O castelo do homem sem alma, de A J Cronin;
  22. Trilogia dos pássaros vol. 1: O Templo dos Ventos, de Marcelo F Zaniolo;
  23. Brasyl, de Ian McDonald;
  24. Os melhores contos brasileiros de ficção científica: Fronteiras, organizada por Roberto de Sousa Causo;
  25. A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares;
  26. As profecias de Urag vol. 1: O caçador de apóstolos, e
  27. As profecias de Urag vol. 2: Deus máquina, de Leonel Caldela;
  28. Habibi, de Craig Thompson;
  29. Cidade da penumbra, de Lolita Pille;
  30. Comando sul vol. 1: Aniquilação, de Jeff VanderMeer
  31. O cair da noite, de Isaac Asimov & Robert Silverberg
  32. Estranha Bahia, organizada por Alec Silva, Ricardo Santos & Rochett Tavares;
  33. Todos os fogos o fogo, de Julio Cortázar;
  34. Descongelado, de João Bourbon II;
  35. Grande irmão, de Lionel Shriver;
  36. A casa de vidro, de Anna Fagundes Martino;
  37. Blue Cup Cafe, de Shaneoli;
  38. A cidade & a cidade, de China Miéville;
  39. O sonho da sultana, de Roquia Sakhawat Hussain;
  40. Ovelha: Memórias de um pastor gay, de Gustavo Magnani;
  41. No sufoco, de Chuck Palahniuk;
  42. Hamlet, de William Shakespeare; e
  43. Especial natalino, de Clara Madrigano.
Por mais que eu não corra atrás de recordes, sempre espero fechar o ano com, pelo menos, um livro lido por semana, mas esse ano não deu — e estou certo que foi por causa das preocupações e preparativos com a publicação do meu próprio romance. Então valeu a pena!

Vamos então às premiações!


O MELHOR LIVRO INTERNACIONAL DE 2016:

 

Fiquei em dúvida entre esse e outro quanto a essa categoria e a de surpresa do ano (qualquer um deles se encaixaria bem em qualquer uma das categorias), mas acabei dando o título a essa maravilhosamente melancólica e estranha obra de Jeff VanderMeer. E a menção honrosa vai para o perturbadoramente incrível A cidade & a cidade. Esse foi, definitivamente, o ano do new weird para mim.


O MELHOR LIVRO NACIONAL DE 2016:

 

Para mim não é surpresa gostar de um livro do Leonel Caldela — só foi surpresa, e bastante, e das boas, o quanto eu gostei dessa obra…! Só uma palavra a pode descrever: INCRÍVEL! E a menção honrosa é óbvia, né.

Vamos, então, à tradicional premiação por gêneros, excluindo as obras acima.


O DESTAQUE DE FICÇÃO CIENTÍFICA DE 2016:

 

Em primeiro lugar, uma obra surpreendente — tanto em qualidade literária, em fator “grudar o leitor na cadeira” e em nível de pesquisa. Ian McDonald verdadeiramente destrinchou o Brasil para compôr sua obra, e eu adorei ver nosso país aqui representado. A menção honrosa vai para a ótima — e necessária — antologia Universo desconstruído, que tem umas pérolas escondidas lá dentro.


O DESTAQUE DE FICÇÃO FANTÁSTICA DE 2016:


Quem diria — eu, que não sou dos mais fãs da dita “alta fantasia”, escolher justamente um dos grandes clássicos do gênero como destaque… Elfos, anões, toda aquela coisa… Talvez tenha sido justamente por isso a surpresa boa: não ter esperado nada dessa obra. A menção honrosa… bem, foi a minha leitura beta, e dela eu falo quando puder ;)

Edit 13/02/17: E a leitura beta está revelada! O Marcelo anunciou, enfim, seu livro, e só posso dizer que estou ansioso pela cópia física. Eu sou o revisor dessa obra fantástica (em todos os sentidos), e tenho certeza de que ela vai estar na lista de “destaques do ano” de muita gente!


O DESTAQUE DE FICÇÃO REALISTA OU REALISMO MÁGICO DE 2016:


Não tem como essa obra concorrer em qualquer coisa que seja e não ganhar, não é? Só não levou o título de “melhor internacional” porque a que ganhou acabou mexendo mais com o meu emocional, mas Cem anos de solidão é qualquer coisa de notável na história da arte produzida pela raça humana.


E então temos A SURPRESA DO ANO DE 2016:


Que aventura gostosa foi A lição de anatomia do temível Dr. Louison! A trama é boa, a escrita é boa, a estrutura é boa… Enfim, já falei bastante da obra nessa minha resenha; então, tudo o que me resta dizer é que esse prêmio de surpresa do ano foi bem merecido!


Mas infelizmente também tem A DECEPÇÃO DO ANO DE 2016:


Não que nenhum dos dois tenham sido livros ruins, mas apenas entram nessa categoria porque não foram tão bons quanto eu esperava que eles fossem. Com o Grande irmão o problema foi o final; estava indo tudo muitíssimo bem (mesmo) até o final cagar tudo. E com O Aleph, é aquela merda da expectativa — eu esperava que fosse um outro O livro de areia.


Mas esse ano tem O PIOR LIVRO DO ANO DE 2016:


Desculpa aí. Não gostei, não foi para mim. Escrita arrastada, abandonei mesmo :P Agora o da menção honrosa eu li inteiro, mas é chatinho, chatinho…


E agora O MELHOR LIVRO DE CONTOS DE 2016:


Não tem como fugir desses, né? Gaiman e Bradbury são deuses. Apesar de eu ter lido ótimos livros de contos esse ano, realmente a disputa fica injusta quando esses dois estão na parada…


E agora vem O TOP 10 DE 2016!

  1. Comando Sul vol. 1: Aniquilação, de Jeff VanderMeer
  2. A cidade & a cidade, de China Miéville
  3. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
  4. Smoke and mirrors: Short fictions and illusions, de Neil Gaiman
  5. Brasyl, de Ian McDonald
  6. As profecias de Urag vol. 1: O caçador de apóstolos, de Leonel Caldela
  7. As profecias de Urag vol. 2: Deus Máquina, de Leonel Caldela
  8. O Vale do Vento Gélido vol. 1: A estilha de cristal, de R A Salvatore
  9. A cidade inteira dorme e outros contos, de Ray Bradbury
  10. A Torre Negra vol. III: As terras devastadas, de Stephen King

Então é isso, pessoal. Um feliz 2017 a todos :)