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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Sobre os extremismos


(Texto de Juliana Lopes, editado por mim; vídeo de Clarion de Laffalot)



Adorei o vídeo. Reflete tudo o que penso.

Acho desnecessária a utilização de rótulos; na minha opinião eles só ajudam a propagar intolerância, preconceito, discriminação, opressão, ofensas, violência, discurso de ódio e agressões gratuitas.

Sou contra o extremismo de qualquer natureza (seja da rotulada “direita”, seja da rotulada “esquerda”). Será que não é possível ser centro?

Será que não é melhor e mais sensanto pegar os ideais dos dois lados —lado A e lado B— e usar as melhores ideias? As que propagam amor, respeito e tolerância às diferenças?

Vale lembrar que os extremismos sempre foram os grandes responsáveis pelos regimes cruéis, desumanos, torturadores, intolerância e violentos ao longo da história da humanidade (independentemente se eram da “direita” ou “esquerda”, se era do lado A ou do lado B), assim como os vários períodos de escravidão de diferentes povos e ditaduras (nazismo, fascismo, stalinismo, militar, etc) pelos quais passamos.

Sou a favor do Estado Democrático de Direito. Sou a favor de um país mais justo, livre, solidário, sem preconceitos e discriminações — e mais igualitário.

Sou a favor da independência e harmonia dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Sou a favor do pluralismo de ideias.

Sou a favor do amor, da solução pacífica dos conflitos, do respeito e tolerância às diferenças.

E de lembrarmos que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem trabalhar para a sociedade de maneira democrática e imparcial, pois seus servidores são públicos e tem o dever de trabalhar para o povo, cumprindo assim o papel que lhes foi incumbido — e não trabalhar para o interesse de poucos, com parcialidade e por interesses particulares.

Não é porque sou contra a PEC 241, porque sou contra o governo Temer que tenho que ser tachado de “esquerdopata” ou comunista — e não é porque não fui a favor do “governo Dilma” que devo ser tachado de “coxinha” (existe “direitopata”…?).

Posso querer que o Lula (PT) seja preso e também ter desejado a prisão de Eduardo Cunha (PMDB (ou ex agora né))?

Posso votar no Raul Marcelo (PSOL) para assumir o governo municipal de minha cidade e nas eleições para presidente, governador, senador e deputados escolher outro candidato de partidos como PSDB, DEM, PMDB, etc?

Será que posso escolher ser centro?

terça-feira, 11 de outubro de 2016

As capas mais bonitas da minha estante!


Não adianta, os e–books jamais vão superar os livros físicos para mim, e por um simples motivo: adoro os livros como objetos. Adoro folheá–los, adoro sentir a textura das folhas, as tipografias impressas… e as capas. Capas bem feitas são deleitosas para os olhos, e enriquecem grandemente as histórias. Para mim, eles são em muito responsáveis por dar um clima à história — ou, ao menos, sugerir esse clima. E quando começo a leitura de um livro com uma bela capa me sinto mais propenso a apreciar a história. Então, quero compartilhar com vocês, leitores, os livros com as capas mais bonitas que tenho em minha estante!




Essa é uma obra de arte. Impressa é ainda mais bonita. Os tons de laranja e vermelho são vivos e a textura da capa até sugere a granulosidade da tempestade de areia representada.

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Da série Percy Jackson e os Olimpianos eu gosto muito dessa. Gosto dos amarelos sobre o preto–e–branco, gosto do ângulo do desenho —o Pégaso e Percy contra o Empire State Building—, gosto da tipografia do título… Uma capa marcante, para mim.

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Adoro essas capas gráficas também, não só as com ilustrações. Essa, do Fahrenheit 451, é muito bem desenhada. E se tem uma coisa que eu gosto em capas são cores fortes — especialmente a vermelha e a azul.

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Dezoito de Escorpião já ganhou uma nova edição —coisa rara para a ficção científica nacional—, com uma nova capa, mas que me desculpem a editora Draco e o próprio Alexey, mas a capa da primeira edição é imbatível! (E estaríamos notando um padrão…? Cores quentes seriam a preferência?)

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Marc Simonetti é meu desenhista de capas preferido. Esse é outro dos grandes trabalhos dele, e, apesar dos ótimos desenhos também da série As crônicas de gelo e fogo, essa é a associação Martin+Simonetti que mais me agrada.

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Essa capa exemplifica exatamente o que eu quis dizer sobre o clima que a capa passa durante a leitura — para quem não jogou o game Bioshock, como eu, essa ilustração traz a compreensão que falta durante a narrativa, e a complementa perfeitamente. Além de ser uma bela ilustração.

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A simplicidade a serviço da beleza. O azul sobre o preto é muito agradável no livro impresso, e o jeito que o título foi composto casa perfeitamente com o tema, na minha opinião. A capa de Encruzilhada é a prova de que nem sempre uma ilustração é necessária.

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As capas da editora Alfaguara já são uma belezinha, padronizadas como são, mas a capa de Lolita é mais um exemplo de um minimalismo que serve grandemente a um design eficiente e chamativo.

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O livro nem é lá essas coisas (apesar de ser bom, sim), mas permaneceu na minha estante depois da leitura por causa dessa capa simplesmente LINDA.

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E, por último, a trilogia Comando Sul do Jeff VanderMeer. Assim, digitais, essas capas não mostram tudo o que elas têm a oferecer. Se já são bonitas assim, na mão, no livro físico, os contornos dos animais são todos brilhantes, quase fosforescentes —o primeiro verde, o segundo azul e o terceiro rosa—, e fazem um conjunto incrível, assim, como na foto, um do ladinho do outro.

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Mas e aí — o que acham dessas capas? Quais são as suas preferidas?

domingo, 9 de outubro de 2016

Três contos gratuitos que vale a pena ler!


Tenho um problema muito sério com o meu aplicativo Kindle: não tenho cartão de crédito, então tenho que ficar restrito às obras gratuitas da plataforma. No entanto, isso não significa, de forma alguma, que fico sem ler coisas bastante interessantes.

Devo admitir, ainda, que não troco os romances físicos por e–books — então, uso o Kindle para ler contos e revistas (de contos kkk). Tenho, assim, descoberto uns bem legais, e vou dividir com vocês agora três deles.

1 • A espada de Quenai, de Ricardo Santos

Quenai é uma guerreira — mas uma guerreira cansada. Está no meio de uma missão, tentando descansar, quando é retratada nesse conto de Ricardo Santos… e também quando é encontrada por um grupo, liderado por outra mulher, que —nitidamente— não está ali para oferecer a ela uma vaga num spa. O conto é essencialmente o que resulta do encontro de Quenai com essa oponente, mas é bem escrito e apresenta um mundo fantástico que são suficientes para desejar saber mais sobre a protagonista e sobre sua aventura.

Esse conto pode ser encontrado diretamente na loja da Amazon (acabo de descobrir que não está mais gratuito, acho que o consegui gratuitamente numa promoção (não me lembro bem), mas agora, de qualquer forma, ele está baratinho).




2 • Saltimbanco, de Marcelo A Galvão

Já conhecia o autor pelo ótimo conto Vida e morte do último astro pornô da Terra, presente na antologia Imaginários vol. 3, e esperava algo no mesmo nível. E encontrei. Nesse conto, acompanhamos Gapu, assistente do saltimbanco Montani, que só queria ser tão bom quanto ele. É louvável quanto a pessoa tem um objetivo e se empenha em atingi–lo. O problema é quando se perde a noção dos meios empregados para se chegar a esse fim…

Esse conto também pode ser encontrado diretamente na loja da Amazon — e esse, sim, gratuitamente.





3 • Dodge, de Clara Madrigano

Lita, a protagonista desse conto, leva o cão Dodge para o seio de uma família desestabilizada, longe de qualquer ideal que se pode ter de "lar". Dodge funciona, então, meio como que um esteio para uma possível estabilização… mas é claro que não. "Não" porque é um conto da Clara Madrigano, e "não" porque senão não teríamos um conto que começa com alguém conversando com uma psicóloga ou psiquiatra.

Este também é gratuito, e pode ser encontrado no Wattpad.




Bonus track • A noiva do rei dos mares, de Sayuri Higa

Como uma das obras acabou não saindo de graça como eu prometi no post (e eu não queria deixá–la de lado porque é boa), trago esse conto, que é quase uma fábula —e muito bela—, sobre a jovem Natsuki, oferecida ao dragão marinho Ryūjin em casamento como uma oferenda.

Também gratuito, é outro que pode ser encontrado no Wattpad.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

A lição de anatomia do temível Dr. Louison, de Enéias Tavares


Caro leitor,

Uma expressão define A lição de anatomia do temível Dr. Louison para mim: uma grata surpresa.

Talvez, no início, você tenha algum nível de dúvida quanto à obra. Você pode, como eu outrora fiz, predispor-se contra a dita “literatura nacional”, imbuído de certos pré-conceitos. Isso, contudo, não é de todo inesperado — ainda que seja algo que está, felizmente, mudando em nossas terras tupiniquins. Se você, digníssimo leitor, tem ou teve esse tipo de impressão negativa pré-concebida, proponho-lhe então um jogo simples: Vá até aquele lugar onde você viu o A lição de anatomia por último. Pegue o livro, ignore a sinopse na quarta capa, pule igualmente as primeiras páginas e leia dois parágrafos da página 17, intitulada Noitários de Isaías Caminha. Se, ainda assim, você não se sentir impelido a comprar a obra, compre-a assim mesmo, porque um dia você, olhará para ela, pensará “por que não?”, e então, nesse dia, você a lerá e me agradecerá. Eu, no entanto, duvido que qualquer um fique indiferente perante a qualidade da escrita do autor, um certo Enéias Tavares. (Dizem, inclusive, que ele será um dos que ficarão marcados no rol de grandes autores de nossa nação; eu, particularmente, não ficarei surpreso se assim o for.)

Estou certo que, nesse momento, você, seletíssimo leitor, está pensando: mas sobre que diachos é afinal essa tal lição de anatomia? E quem é esse doutor tão temível?