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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Um trecho marcante de Leonel Caldela & Deive Pazos


Ozob começou a pensar no que faria com o resto do dia e, principalmente, com a noite seguinte. Seu estômago já fervilhava, ardendo. O peito parecia estar sob um peso enorme. Eram os sintomas da lembrança, já fazia algum tempo que estava sóbrio e não tinha algo para ocupar a mente. A noção dos dois anos de vida se aproximou dele por todos os lados, fechando–se a seu redor, provocando uma espécie de claustrofobia. Pensou em começar uma briga. Lutar era sempre algo estimulante. O coração bateu mais rápido e ele andou mais rápido. Ia para lugar nenhum, mas andar rápido diminuía a sensação de que os minutos estavam passando inexoravelmente e que cada um o levava mais para perto do fim. Ele não estava fazendo nada divertido naquele momento. Era tempo perdido. Era tempo que não iria mais voltar. 
Dois anos. 
Dois anos. 
Dois anos. 
Ozob achou que estava prestes a vomitar, o coração batendo forte na garganta, quando seus implantes neurais fecharam uma sinapse. Ele estava recebendo uma mensagem pelo EgoBliss, uma das seis redes sociais instaladas nos implantes cibernéticos em seu cérebro. 
Com um comando mental, verificou a origem da mensagem. California o havia marcado como amigo. Em sua mente, Ozob viu o rosto da garota, ouviu o timbre de sua voz, foi invadido por relances de memórias que eram dela. Deu um novo comando mental, para ler a mensagem. 
Assim como todas as redes sociais, o EgoBliss era recheado de propagandas. Cada relação interpessoal tinha seus próprios patrocinadores. A amizade com California era um patrocínio de Nux–Cola. Nux–Cola, o sabor da amizade! Para acessar a mensagem, Ozob permitiu que a marca de refrigerante enviasse um comercial diretamente aos centros de prazer em seu cérebro. Foi invadido pela vontade de tomar Nux–Cola. Então pôde falar com a garota, numa interação aprovada pelas duas corporações envolvidas. 
Espero que você e a Vivika tenham se dado bem. 
— Vou precisar de uns curativos, mas foi divertido. 
Ozob mandou uma impressão de sarcasmo, que era uma imagem sua com um meio sorriso e uma sobrancelha arqueada. 
— Eu também me diverti ontem à noite. 
— Algum namorado ou namorada? 
Na verdade, estava falando de você. Gostei de conversar com você. Se quiser falar mais sobre sua sentença de morte, estou aqui. 
A menina não tinha meias–palavras. Ozob gostava disso. Parou num boteco para comprar uma Nux–Cola (a vontade parecia mastigar sua mente) e recebeu mais uma mensagem antes de responder: 
Temos outra missão hoje. Vamos agir de novo, antes que o DAA saiba o que os atingiu.
— Isso dá dinheiro? 
Dá coisa melhor que dinheiro. 
— Você vai dizer que vão de novo espalhar a música do seu messias com dentes podres? 
Hoje vamos a uma igreja com pregação antialienígena. Subsidiária da Loykos S.A. 
Era uma corporação que vendia comida processada. Mais especificamente, carne de alienígena. 
— O que vão fazer? 
Vamos invadir a igreja, é claro! Vamos ver o horror nas caras daqueles fanáticos alienfóbicos. Se quiser ir conosco, vai ser divertido. 
— Acho que preciso de outro tipo de diversão, garota. 
Tudo bem. Mas, se mudar de ideia, encontre–nos às 7 no Distrito Eclesiástico. Gostei de conversar com você. 
A imagem de California se apagou da mente dele. substituída por mais interferência da Nux–Cola em suas conexões neurais. O EgoBliss mais uma vez o lembrou que aquela amizade era patrocinada pela marca de refrigerante, fora possibilitada pela rede social e tinha sido aprovada pelo Conselho de Ética das Relações Humanas, outro órgão operado em conjunto por várias corporações. 
Ele comprou outra Nux–Cola e notou que estava sorrindo.

Leonel Caldela & Deive Pazos — Ozob vol. 1: Protocolo Molotov, 2015

Ozob em ilustração de Marco Teixeira

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Links para a obra do Rahmati


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--------------------------------------------ROMANCES--------------------------------------------



Meu primeiro romance. Uma fantasypunk  uma fantasia com elementos de outros estilos, como ficção científica, fantasia urbana e história alternativa.
448 páginas, autopublicado, 2016. Sinopse:
O ano de 995 d.C. não será facilmente esquecido por Acqua.
Nesse ano, o clima enlouqueceu. Um demônio antigo causou genocídios na Índia, no Congo e na Finlândia. A Infinita Guerra entre os impérios do Japão e da América do Norte se tornou a Segunda Guerra Mundial, com a morte de milhares de pessoas em um grande evento esportivo no império da América do Sul. Os refugiados de Gaza viram seu lares serem varridos pelos ventos de morte de um espectro. E tudo isso acontecer no mesmo ano não foi, naturalmente, uma coincidência. O epicentro de todos esses eventos foi uma dezena de pessoas, coagidas a estar juntas, reunidas pelos deuses... ou por aquela força maior chamada de destino?
Talvez o ano de 995 devesse ser, na verdade, esquecido, ao fim de tudo.

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*


Meu segundo romance, dessa vez um de ficção realista. Lançado para concorrer no Prêmio Kindle.
187 páginas, autopublicado, 2017. Sinopse:
Ellijah descobre que gosta de fotografar ao ganhar de Lorena, sua esposa, um celular que tira fotos. E melhor ainda: ele percebe que tem tino para a coisa. Ao mesmo tempo, o português Maximilian surge em sua vida e se torna um amigo, ampliando, com seu modo diferente de ver o mundo, seus horizontes fotográficos. Mas esse é um “hobby” que toma dinheiro — e sua esposa começa a apresentar uma doença misteriosa. O dinheiro não será suficiente para cuidar de tudo, e Élli precisa escolher entre seu novo sonho — ser um fotógrafo de natureza — ou abrir mão de tudo por Lorena. O problema é que ele nunca foi muito bom em tomar decisões.

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------------------------------------CONTOS STAND–ALONE------------------------------------


Esse conto foi publicado avulso, num universo próprio — stand–alone — na Amazon, baratinho, para que os leitores possam conhecer minha escrita — e é um conto de FC pura, um dos poucos que eu escrevi que é “puro” em algum gênero.



-------------------------------------CONTOS EM REVISTAS-------------------------------------


Conto: Noturno Deserto


Um conto de fantasia, no passado longínquo do mundo de Acqua, palco de meu primeiro romance, e que saiu na revista Trasgo #10, em 2016.



Conto: Apreensão


Um conto realista, jogando luz num aspecto desagradável dos nossos dias atuais, que foi escolhido para integrar a primeira edição especial da revista Gueto, intitulada Civilização e barbárie.

Em 2017, esse conto ficou em 5.º lugar no Prêmio Cataratas de Contos e Poesias, dentre 562 contos concorrentes.



-----------------------------------CONTOS EM ANTOLOGIAS----------------------------------


Esses são os meus contos que saíram em antologias (ou coletâneas, como preferirem).

Conto: E tudo vai ficar pior


Publicado na primeira coletânea de contos do site Mitografias, chamada Mitos modernos, o conto E tudo vai ficar pior é outro excerto do mundo de Acqua, e se passa após os eventos de O arquivo dos sonhos perdidos e de sua continuação ainda não publicada.

Essa coletânea foi lançada em 2017.



Conto: Enquanto vagueio pelas cinzas do mundo


Essa foi a primeira coletânea dos contos que eu e o Lucas Rafael Ferraz publicamos no site Leitor Cabuloso em 2017. Assim, publiquei nela esse conto, que não sei se é de fantasia, horror ou suspense.



--------------------------------------CONTOS DO DRAGÃO--------------------------------------


Esses cinco contos foram publicados pela editora Draco, também em 2016.


My shadow plan é um conto fantasypunk; um capítulo extra do romance O arquivo dos sonhos perdidos, onde os protagonistas têm que resolver um mistério em uma cidade amaldiçoada, onde chove o tempo todo.




Nil é um conto de fantasia inspirado em Neil Gaiman, e quase uma fábula sobre como encarar a morte.




Kamerorkester é um conto de terror urbano, onde o protagonista deve escolher se vai se tornar o herói ou o vilão de sua própria história.




Aquecimento global (Em fogo alto) é um conto de distopia fantástica com um toque de comédia — e onde a protagonista descobre uma explicação curiosa para o calor que enfrentamos nesses últimos tempos.




Paid in full é um conto de ficção científica, onde o protagonista tenta uma nova chance para salvar quem ama.



-------------------------------------CONTOS NO WATTPAD-------------------------------------


Esses contos foram publicados em 2016 e 2017, e são para leitura gratuita. São contos pequenos demais para ser justo cobrar por eles, ou fanfics com personagens cujos direitos pertencem a terceiros.


Lugar nenhum é um conto de fantasia, também passado em Acqua, mundo do romance O arquivo dos sonhos perdidos, que é uma versão do nosso mundo — aqui, mais precisamente do Nordeste brasileiro.




Into blue é um miniconto que pode ser de fantasia, de ficção científica, ou outra coisa, onde o protagonista se vê numa situação inesperada... mas não indesejada.




Sob as brumas repousa o inominável é uma ficção distópica baseada no universo Pokémon, onde agora as batalhas pokémon são consideradas crimes de maus-tratos contra os animais — como agora eles são chamados.



1963 é um conto que imagina o que aconteceu no passado dos personagens do seriado Chaves, oito anos antes de eles irem parar na vila.




O dia perfeito é um conto de ficção distópica, mas não arrisco dizer o quanto no futuro, onde o protagonista vive seu dia mais esperado.



Milésimo é um miniconto introspectivo e, a meu ver, necessário.




Alameda Arnold, 31.967 é um conto que mostra as misérias na vida de um homem bem na época do Natal. Foi escrito para o concurso de contos de Natal do podcast Wattcast e ficou em 2.º lugar.



Uma recorrente decepção é um conto que imagina o porquê de um evento aparentemente sem sentido em um famoso jogo de videogame.

A distância e a espera é um miniconto de ficção científica sobre o amor altruísta, aquele verdadeiro, que não pede nada em retorno.



Falha crítica é um conto que explica um grande mistério atual: por que todas as adaptações de videogames para o cinema são, no máximo, assistíveis?


* * *

domingo, 4 de dezembro de 2016

Relendo Harry Potter – Livro 4: O Cálice de Fogo


Seguindo minha épica jornada de releituras de uma das maiores sagas literárias da modernidade, chegou a vez de falar sobre Harry Potter e o Cálice de Fogo.

Tenho a impressão que gostei mais da releitura do que da primeira leitura. Será que saber para onde as coisas estão indo ajuda? Porque me parece que é aqui que começam as maiores críticas em relação ao trabalho da J. K. Rowling — a enrolação das histórias. Tudo bem; essa quarta parte da saga mostra muitas coisas: da Copa do Mundo de Quadribol ao Torneio Tribuxo, passando pelo passado de alguns personagens, a apresentação de muitos outros e a volta de Voldemort. É onde se consolida a virada no clima da história, iniciada pelo terceiro livro, O prisioneiro de Azkaban. É onde as histórias do mundo bruxo começam a ficar mais maduras. No entanto… realmente tudo parece acontecer meio devagar.


De qualquer forma, tenho sentimentos meio contraditórios em relação a este livro. Tem partes muito boas mesmo, de ação, como na invasão dos Comensais da Morte na final da Copa do Mundo de Quadribol, ou todas as três tarefas do Torneio Tribruxo, ou até mesmo as que os personagens são desenvolvidos, como no baile… Mas entre tudo isso me parece ter bastante gordura sobrando.  Talvez aqui a sra. Rowling tenha começado a ter “liberdade editorial” demais — ou seja, o editor tenha começado a ter menos força do que ela ao praticar sua tarefa de cortar partes desnecessárias…

Não me entendam mal: não estou dizendo que a saga desanda a partir daqui; estou dizendo que ela poderia terminar com um 10/10 se os livros seguissem a mesma média de páginas do terceiro livro, por exemplo. Deve ser o problema das grandes obras — excesso de palavras, rs, assim como O senhor dos anéis.

De qualquer forma, o próximo é A Ordem da Fênix, o quinto da série, que ainda não li e que é ainda maior que o quarto livro. Não me lembro por quê pulei esse livro, já que li o sexto, então agora se torna a hora perfeita de descobrir se os excessos vão até o final ou se a falha dos excessos é pontual, uma vez que não notei tal problema na primeira leitura de O enigma do príncipe.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O Arquivo dos Sonhos Perdidos


E chegou, finalmente, o dia! O arquivo dos sonhos perdidos está finalmente lançado, em formato físico, e-book e audiobook!


Para comprar a versão física, acesse o Clube de Autores;

Para comprar o e-book, acesse a Amazon;

E para ouvir o audiobook, acesse esse post do Leitor Cabuloso ou procure pelo título do livro em seu agregador de podcasts. Em ambos os casos, você já pode ouvir o primeiro capítulo.

Assim sendo, adicione O arquivo dos sonhos perdidos no Skoob, compre-o e valorize a literatura nacional :)