Postagem em destaque

Links para a obra do Rahmati

Nesse post você tem acesso a todas as minhas obras publicadas :) Os links para compra / leitura / download estão embaixo de cada imagem. ...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Um trecho marcante de Dean Koontz


É possível ludibriar Deus sem problemas, dizia vovó, se você souber usar seu charme e sua inteligência. Se você conduzir sua vida com imaginação e entusiasmo, Deus lhe dará o que você pede só para ver se seu próximo desatino será tão divertido.
Ele também não é tão severo quando se é idiota de maneira divertida. Vovó dizia que isso explica porque incontáveis milhões de pessoas, absurdamente estúpidas, conduzem tão bem a vida.

Dean Koontz - Odd Thomas


domingo, 7 de dezembro de 2014

Isaac Asimov prevendo o impacto da Internet


Como não admirar um gênio desses, capaz de tais reflexões? Parece realmente que ele é um viajante do tempo, que voltou ao passado só para contar como eram as coisas por aqui...

Isaac Asimov é foda. É, porque é eterno.



A Torre Negra vol. 2: A escolha dos três, de Stephen King


Conquistei mais uma etapa de minha jornada em direção à Torre Negra! E com a ajuda de Roland, Eddie e Susannah. Que personagens...!

O Sr. King cria personagens como ninguém, não é? É impressionante a verossimilhança mesmo de seus coadjuvantes, e também como seus principais conseguem nos cativar, nos impactar e nos emocionar.

Além de (acho) nem precisar dizer o quanto a trama dessa obra foge de qualquer clichê esperado ou semelhança a alguma história previamente contada. Em A escolha dos três, mundos se fundem da maneira mais inesperada possível, e algumas respostas a perguntas do volume 1 são dadas... Mas podem ter certeza de que muitas mais indagações surgem no horizonte.

E algumas dessas indagações, estou certo, podem ser ainda mais terríveis que meros Chum? Chac? Chic?...



«««««/5

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um trecho marcante de Rubem Fonseca #2


Não dou muita bola para essa coisa de natureza, prefiro rua, casas, gente andando nas calçadas para lá e para cá, carros trafegando no asfalto, mas tem duas coisas que eu gosto: árvore e pôr do sol. Nascer do sol, também. Mas o problema do nascer do sol é que ele só é interessante durante poucos momentos. Minha mãe gostava de ópera, um dos seus cantores favoritos era o Enrico Caruso e ela gosta particularmente da matinata L'Aurora di Bianco Vestita, de Leoncavallo. Nessa música está dito o problema da aurora. Ela só é agradável de contemplar quando o sol, uma rutilante esfera vermelha, vai surgindo no horizonte, isso dura poucos minutos, logo em seguida a bola vermelha se torna em uma brutal fonte de luz branca, apoteótica, impossível de contemplar. É isso: quando a aurora se apresenta de bianco vestita ela fica muito bonita na música de Leoncavallo e na voz de Caruso, mas na vida real fica insuportável. Ao contrário, o pôr do sol vai ganhando beleza continuamente, como no poema de Keats a thing of beauty is a joy forever, its loveliness increases, como aquela beleza que eu estava contemplando, o pôr do sol, que nunca agride, a menos que considere uma forma de agressão a melancolia que invade você na hora em que o crepúsculo se instala no mundo antecedendo a noite.

Rubem Fonseca - O seminarista