“Sentia-se à vontade descrevendo-lhe seus devaneios, fragmentos de lembranças, problemas de infância. E Ken não só se interessava como se mostrava fascinado. Fazia perguntas sobre sua infância durante horas. Suas perguntas eram sempre diretas, às vezes minuciosas, mas invariavelmente delicadas. Ellie começou a entender por que os namorados falam um ao outro em tatibitate. Essa era a única situação socialmente aceitável em que a criança que existe dentro do adulto tem a permissão de se manifestar. Se tanto o bebê como a criança, o adolescente e o adulto encontram personalidades compatíveis no ser amado, há uma possibilidade real de que todas essas subpersonas fiquem felizes. O amor põe fim à longa solidão de cada uma delas. Talvez a profundidade do amor possa ser mensurada pelo número de diferentes egos envolvidos ativamente num determinado relacionamento.”
Carl Sagan - Contato
Dentre todas as coisas que eu poderia esperar ler em Contato, esse tipo de tema certamente não era uma delas. Isso só prova o quão genial era o autor.
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