.: Este é o segundo livro do Desafio Literário Clube de Autores, de um total de 7 livros! :.
Estou me animando com esse desafio literário! A primeira obra que li já foi a ótima Zé Calabros na Terra dos Cornos, e agora encontro essa também muito boa Teorema de Mabel…! Mas Rahmati, você está dando spoiler da sua avaliação…! Ué, e daí? Tenho obrigação de fazer resenha certinha? :P
Então, já sabendo que eu gostei bastante da obra, leia para descobrir por quê.
Mabel é uma menina que saiu do interior de Minas e foi para o mais–interior–ainda, em busca de um sonho: ser datilógrafa do maior escritor brasileiro vivo, Milton Dantas. (Aqui faço o primeiro parêntese: fui descobrindo aos poucos a época em que a obra se passava, através de poucas pistas soltas ao longo da trama. Ainda não decidi se gostei ou não disso.) Toda menininha, toda sonhadora, toda idealista, Mabel, ao chegar à residência do escritor, no entanto, se vê diante de uma realidade que não era, de forma alguma a que ela esperava. Ela fora escolhida por um motivo — que envolve sua máquina de escrever —, e essa revelação poderia, de fato, acabar com toda a sua essência.
Parece uma ideia promissora, não é? Qual leitor não quer ler histórias sobre livros, escritores e outros leitores? É praticamente um gênero esse tipo de obra, não? A dúvida é: teria Teorema de Mabel sido bem executada, a ponto de nos deixar imergir na trama e apreciá–la devidamente?
E eu digo: com alguns poucos erros, sim! Tanto é, que eu li o livro em praticamente “duas sentadas”, como se diz. Carece de uma revisão mais cuidadosa, mas isso não tira em nada o brilho da trama.
Então falemos dela. Eu não esperava que o livro fosse se tornar o que se tornou. Como eu disse no post do desafio, linkado lá em cima, eu imaginava que seria um realismo mágico mais light, como nos romances do Carlos Ruiz Zafón, mas Teorema não é nada disso! É um livro realista, e já percebi isso logo nas primeiras páginas. Então comecei a pensar que seria uma trama como a maioria das obras mainstream, com foco na forma e não na trama, mas a coisa seguia tão ágil que também não demorei a perceber que essa minha segunda visão também estava errada! Teorema tem uma trama sólida, interessante e bem armada. As personagens surpreendem, são verossímeis e as reviravoltas do final são surpreendentes mas nem um pouco exageradas. Tudo é construído de maneira crua e crível — talvez os dois melhores adjetivos para descrever essa obra, e em suas melhores acepções.
Teorema de Mabel não só merece a leitura como merece sair por alguma editora. Esperemos agora as próximas obras do autor, Matheus Ferraz, que parece ter um futuro promissor.
Nota 3,5 de 5.
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