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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Leituras de maio


Indo direto ao assunto, vamos às minhas obras comentadas do mês de maio de 2018, esse ano tão esquisito para o Brasil, com greve nacional dos caminhoneiros, Copa do Mundo e sabe-se lá o que mais vem por aí...:


ROMANCES:




Já começo com os dois pés na porta: eu não estava psicologicamente preparado para o turbilhão de emoções que é o final — especialmente depois dos 80% — de Mistborn vol. 2: O Poço da Ascensão. Que livro, senhoras e senhores, que livro esse tal desse Brandon Sanderson escreveu...! Aliás, acho que já posso dizer: que série! (Se ainda não sabe do que estou falando, leia este post sobre o primeiro volume.) É meio que ponto pacífico que o segundo volume de qualquer trilogia é, literalmente, intermediário — vai retomar pontas soltas do primeiro, assentar as bases da conclusão, desenvolver melhor personagens que brilharão no terceiro volume e, eventualmente, matar queridinhos dos fãs. No entanto, apesar do Sanderson fazer realmente tudo isso, ele apresenta (ao menos nas duas obras que eu li) aventuras bem fechadinhas, com arcos próprios, que não deixa a impressão de serem os volumes 2 e 3, na verdade, um único livro cortado no meio. O Poço da Ascensão tem personagens próprios e dilemas próprios, e é deliciosamente agoniante. A evolução de Vin, de Straff Venture e de OreSeur é enorme, mas quem brilha mesmo são os ótimos Elend e Sazed. Mal posso esperar pelo terceiro livro dessa "primeira era" de Mistborn, intitulada O Herói das Eras :D



Até o dia em que o cão morreu é o primeiro romance que leio do Daniel Galera, e me surpreendeu positivamente. Por coisas que li sobre o autor em alguns cantos da internet, imaginei que ele fosse daqueles autores "cabeçudos", que privilegiam a forma acima do conteúdo, com longas digressões e fluxos de consciência, parágrafos longos e pontuação incomum — ou seja, tudo o que eu não costumo curtir muito. No entanto, Galera apresenta justamente o oposto disso: texto simples, frases bem construídas, trama que faz sentido (hehe) e interessante... A única pena é que é um livro curto — mas, talvez, exatamente por causa disso, é redondinho e muito agradável. Agora, sim, estou animado e confiante para partir para o seu famosíssimo Barba ensopada de sangue.


* * *

COLETÂNEAS:


Para conhecer o James Joyce, antes de me arriscar no Ulysses, resolvi me aventurar pelos contos de Dublinenses. Realmente percebe-se que o experimentalismo ficou todo por lá. Os contos dessa coletânea são contidos, cotidianos, simples até. Apresentam facetas da vida na capital irlandesa no início do século XX, em cenas que privilegiam o que escapa aos olhos de uma visão desatenta. Que os leitores não esperem tramas rocambolescas e plot twists aqui; o que vão encontrar são detalhes íntimos dos personagens, relações interpessoais, dramas privados e recortes do dia a dia. É o meu tipo preferido de leitura? Não. Mas não nego que ler Dublinenses me fez repensar um tanto o modo como eu vejo a literatura — e, principalmente, o que é um conto. Ah, recomendo fortemente o último conto; é, disparado, o melhor.



Fico muito chateado quando me decepciono com algo que, ao meu ver, prometia tanto. Space Opera: Odisseias fantásticas além da fronteira final, organizado por Hugo Vera & Larissa Caruso foi assim: uma decepção. Não tinha como dar errado; adoro contos e adoro space opera, esse divertido sub-gênero da ficção científica. No entanto... honestamente, não encontrei nessa coletânea um único conto que merecesse mais de 3 estrelas. Aliás, deve ter um ou dois que eu cheguei a ter vontade de ler inteiro. Não há nenhum mal-escrito; contudo, todos apresentam tramas batidas, personagens e ambientações repetitivas (para não dizer quase idênticas), e praticamente nada de realmente novo ou inesperado. Não sei se sou eu quem esperava demais, mas não creio que possa ser culpado por não gostar de nada dali. Aliás, "nada" não — a capa é bem bonita.

* * *

CONTO:



Feliz natal é um conto interessante da escritora Patrícia Melo. Foi publicado na Amazon gratuitamente para chamar atenção para o volume completo da coletânea de contos da autora, intitulado Escrevendo no escuro. Na trama, temos uma faxineira limpando um laboratório de um cientista, que trabalha com cobaias, e os desdobramentos das relações rotineiras entre todos esses elementos. Tem um final com uma revelação incômoda, mas honestamente acho que podia ter mais... emoção? no desenvolvimento. Por ser bem curto, vale a leitura.

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