O volume 1 d'A Torre Negra me surpreendeu, de verdade. Talvez influenciado pela introdução do próprio Stephen King, eu tenha imaginado que, sim, a série fosse excelente, isso seria inegável, mas que o primeiro volume não fosse assim lá essas coisas... E como eu me enganei.
Após, de fato, a leitura de Christine, eu pude mesmo perceber, de acordo com o que ele fala na introdução, que sua escrita ainda não havia atingido o "nível Stephen King" a que estamos acostumados — e, curiosamente, percebe-se a melhoria desse estilo no decorrer do próprio livro, como também percebemos em obras trabalhadas por muito tempo de autores iniciantes. Os adjetivos e advérbios, abundantes de início, aos poucos vão sumindo, e a obra se torna mais precisa, mais concisa, mais direta. Não sei se por causa desse estranhamento no estilo eu tenha reforçado a impressão inicial de que O pistoleiro valesse apenas como uma introdução mesmo à Torre, mas, realmente, no final do livro, ele mostra a que veio e que, sim, ele se sustenta como um ótimo livro por si só. O diálogo final (não posso dizer entre quem) é pouca coisa menos que arrebatador, encantador, épico. Por ele se percebe que terão realmente valor todos os 33 anos gastos por King em escrever a série, e que valeria a pena, inclusive, esperar mais 33 anos para terminar de lê-la. Ainda bem que não precisamos, hehe.
N'O pistoleiro, podemos ver a Torre se erguendo, não rumo aos céus, mas rumo ao Universo, assim como podemos perceber que a jornada de Roland será, provavelmente, uma das coisas mais recompensadoras que poderemos encontrar na literatura deste nosso pequeno mundo de grão de areia.
««««/5
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