Que surpresa esse A bússola de ouro! De verdade! Imaginava que seria bom, li boas críticas, percebi a aura que cerca a obra... mas, de forma alguma, esperava um conteúdo tão original, brutal e emocional. (Cacofonia manda lembranças.)
Engana-se quem pensa que é um livro para crianças. Ainda que seja um livro com uma como protagonista — e que protagonista! —, críticas à Igreja e ao extremismo religioso, maxilares sendo arrancados com socos deixando a língua pendurada e pessoas comendo órgãos crus de animais recém-abatidos para não morrerem de fome não se encaixam na minha definição de livro infantil.
Além da surpresa com a trama, não dá para não gostar de Lyra, Pantalaimon — seu dimon, algo como sua alma em forma de um animal que a segue (todos os humanos nesse universo paralelo têm um) — e de Iorek Byrnison. Porra, ele é um urso polar de armadura! E que fala!
A trama também apresenta muitas reviravoltas — como toda boa aventura —, mas é dependente da continuação. Gosto quando o primeiro livro de uma série encerra a possibilidade de ser lido sozinho, mas aqui isso nem me incomoda. Que venha A faca sutil, o livro 2 da trilogia Fronteiras do universo — e que seja tão bom quanto esse...!
Porque, por enquanto, o senhor Felipe Pãodeforma está de parabéns!
Lyra, a menina; Pantalaimon, o dimon em seu colo; e Iorek Byrnison, o urso. |
• Livro: A BÚSSOLA DE OURO •
• Autor: PHILIP PULLMAN •
• Editora: Objetiva •
Personagens: ★★★★★
Trama: ★★★★★
Escrita: ★★★★★
Ambientação: ★★★★★
Revisão: ★★★★☆
Capa: ★★★★☆
Nenhum comentário:
Postar um comentário