Eu sempre tive um pensamento muito claro: quem autopublica tem que ter noção. Noção de que a autopublicação implica em muitas coisas.
Noção de que você já começa em desigualdade com as obras que estão nas livrarias…
Noção de que talvez o seu livro saia meio caro (apesar de o preço no Clube de Autores estar perfeitamente equivalente com o de obras de livrarias em questão de número de páginas)…
Noção de que é você que tem que fazer o seu próprio marketing…
Noção de que o seu leitor vai pagar frete quando comprar seu livro online, e que isso talvez o desmotive…
… e, principalmente, noção de que você não vai ficar rico com isso.
No Clube de Autores, é você quem põe o quanto você quer ganhar de royalties. Vejam o exemplo do meu livro, que tem 448 páginas. Quando se põe o número de páginas e o acabamento, o sistema já te dá o preço dele, e você põe o seu em cima:
Lá em “Preço total” você vê “42,38”. Para o meu O arquivo dos sonhos perdidos, eu pus 10% de royalties — que é o que se ganha, aproximadamente, publicando–se por uma editora —, mais um arredondadinho para dar “,90” porque fica mais bonito o número — resultando num total de R$ 46,90.
Assim sendo, voltemos ao “desagradável” do título do post.
Estava eu vendo os preços dos livros do desafio literário, porque o Clube está com promoção de Páscoa, e reparo que todos os preços estão bem condizentes com o número de páginas, a maioria deles também praticando os 10% bem realistas de royalties, menos um… que, a partir de agora, está excluído do desafio.
Esse livro a que me refiro é O evangelho dos loucos, do autor Gabriel Santamaria. Eu já estava dando uma 2.ª chance à obra, porque, após ter demonstrado interesse, ano passado, o autor me inundou de spam. Acabou parando, e então eu incluí o livro no desafio — e agora vejo que o dito cujo está saindo por R$ 47,32 sendo uma obra de 160 páginas, o que daria…
… R$ 31,18.
Ou seja: o autor está esperando lucrar 50% do valor da obra.
Por mim ele pode pôr o preço que quiser, lucrando o que quiser, mas entra naquele papo de noção lá do começo. Eu é que não compro. Acho irreal em todos os aspectos.
Dessa forma, no lugar desse, entra para o desafio a seguinte obra:
6. Unicelular, de Tarsis Magellan
Sinopse: Rosa Villar, agente da ABIN, é chamada às pressas para investigar o envenenamento do filho de uma influente jornalista americana que estava de férias, numa das belas praia do Brasil. O que Rosa não imaginava é que o bem–estar da criança estaria ligado intimamente a membros do alto escalão da embaixada dos Estados Unidos. E, caso a cura não seja encontrada a tempo, problemas diplomáticos surgirão entre os dois países.
A agente tem fortes indícios de que a Biotech, uma grande empresa farmacêutica chinesa, está envolvida no incidente e comanda uma empreitada gigantesca no país. Isso a levará ao centro de controle da Biotech, na Ilha de Trindade.
Lá, Rosa será apresentada à Iniciativa Unicelular, um projeto que ela somente imaginou existir em histórias fantásticas. No entanto, ela sente que algo mais está à espreita, capaz de colocar não só a sua vida, mas a de todos em risco.
Envolta em uma teia de mentiras, conspirações, segredos corporativos e inúmeras mortes, Rosa deve descobrir os mistérios escondidos em um lugar onde não só o homem, mas também a natureza, serão seus piores inimigos.
Expectativa: Parece–me um thriller de ficção científica com toques de horror, bem no estilo dos jogos Resident evil e Parasite Eve… Já havia começado a ler o primeiro capítulo da obra no Wattpad, e a escrita do autor me agradou.
(Obs.: A obra Vós sois máquinas, do autor Goulart Gomes, presente no desafio, está sumida do Clube. Espero que seja porque o autor encontrou editora… Assim sendo, não vou substituí–la desde já; vou esperar para ver se não é só um problema técnico.)
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