Que surpresa foi o romance Unicelular, do manauara Tarsis Magellan! Não que eu não tenha me interessado por ele desde o início, no Wattpad, e depois quando veio para o Clube de Autores, e, finalmente, após comprar o meu Kindle, onde o comprei na Amazon! Inclusive, na época do Clube, ele entrou no meu desafio; assim sendo...
.: Este é o terceiro livro do Desafio Literário Clube de Autores, de um total de 7 livros! :.
Para começar a falar do romance, quero fazer um exercício com vocês, leitores: pensem em elementos de filmes norte–americanos de sucesso — é bem possível que eles estejam em Unicelular. Temos uma protagonista policial forte e decidida; um parque temático com criaturas fascinantes e incrivelmente perigosas; elementos de ficção científica que estão diretamente relacionados ao nosso dia a dia; mortes deliciosamente estapafúrdias; conspirações; empresas gigantes e inescrupulosas destruindo o meio ambiente; cenários futuristas, meio alienígenas e impressionantes em sua execução; explosões!; robôs; e o melhor de tudo, a única coisa que não se encontra em Hollywood: a história se passa no Brasil, em meio a cenários que todos nós, se não conhecemos, já ouvimos falar. E, creiam–me: nada disso — absolutamente nada — ficou forçado. Desculpem se pareço empolgado, é que estou mesmo, hehe.
Mas, afinal, o que acontece no livro? Para simplificar, sem spoilers: Uma agente da ABIN — a versão brasileira Herbert Richers da CIA — manda sua melhor agente, Rosa Villar, para investigar a Iniciativa Unicelular, depois que acidentes com pessoas no litoral começam a demonstrar um padrão. Lá, os cientistas da Iniciativa estão montando um parque temático onde as principais atrações são os organismos unicelulares... mas não exatamente como eles deveriam ser. No entanto, no decorrer de suas investigações, Rosa percebe que as coisas não são bem como ela imaginava (e nós, leitores, também, já que a trama vai por caminhos inesperados o tempo todo). Mas, Rahmati... Afinal, a história é de ficção científica, policial ou um thriller? É tudo isso! E funciona muito bem!
O autor, Tarsis Magellan (gosto desse nome, porque me lembra o meu disco preferido da banda Savatage, o The wake of Magellan), escreve muito bem, e seu estilo, como eu acho que deve ser nesse tipo de história, não se sobrepõe à trama; ele não inventa a roda, apenas a usa muito bem, com rolamentos novos e pneus de boa qualidade, hehe. Apesar de ser um lançamento independente, não encontrei grandes erros, nem de português nem de diagramação (claro, existem alguns, mas inofensivos). A capa, inclusive, é linda, e passa muito bem a ideia da trama.
Em resumo, depois de tudo o que eu falei: é um livro que eu indico MUITO. Merece ser comprado na Amazon, merece ser comprada a sua versão física, que ainda vai ser lançada (foi retirado do Clube de Autores), porque parece que está ficando muito bonita, e o autor merece ser publicado numa grande editora. Inclusive, ele eleva bastante a expectativa por suas futuras produções.
Unicelular, assim sendo, leva um belo dum 4,5 de 5. Fez comigo, inclusive, o que muitos poucos livros fazem ultimamente: me deixou com saudade do cenário onde se passa :)
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