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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Leituras de Janeiro


Vou tentar fazer uma coisa nova: postagens mensais, falando dos livros que eu li durante o mês. Tenho sentido necessidade de falar de mais livros do que acabo falando nas retrospectivas anuais, tanto bem quanto mal, haha, e então vou ver se isso dá certo :P

Vamos então às minhas leituras de janeiro de 2018!


Bom, do Estação Perdido eu acabei de falar nessa postagem. É, simplesmente, um dos melhores livros de fantasia — ou new weird, como se considera — que li em minha vida. Li em e–book, mas esse eu vou querer ter na estante, ao lado de A cidade & A cidade, também do China Miéville, que eu já tenho. Compensa cada centavo que se pagar nele (sorte que eu paguei menos de R$ 10, numa promoção na Amazon :P)


Eu estava esperando muito desse A misteriosa morte de Miguela de Alcazar, do Lourenço Cazarré, mas a decepção foi total. Minha expectativa era em parte porque gosto bastante de livros policiais, e em parte por causa do tanto de elogios que li sobre a obra. O que acontece é o seguinte: um jornalista é enviado para um hotel em Brasília para cobrir um evento que reunirá os maiores autores de literatura policial do mundo — só que um deles é assassinado, e cabe ao protagonista ajudar nas investigações. O problema é que o livro é mais um livro de comédia do que policial — e, a meu ver, numa versão pobre do que Jô Soares faz em suas obras. Os autores famosos da trama são versões debochadas de autores reais — como a Águeda Christine, o Georges Sim Et Non e o chinês Foo Lee Shi Man (que trocadilho horrível) —, e a única coisa que me fez rir foi o fato de cada um deles ter aprendido a falar em português, mas cada um com um sotaque diferente — mineirês, nordestino, gauchesco… De resto, as situações e piadas me deram vergonha alheia, e abandonei o livro na metade. Li na versão física, e me arrependo dos R$ 10 que paguei nele. A única coisa legal é a capa, texturizada e criativa.


O fim do mundo é um conto satírico sobre, bem, o fim do mundo — dessa vez por causa de um cometa. Claro que não é para ser “levado a sério”, mesmo porque ele é mais uma sátira à sociedade da época do que, propriamente, uma história de fantasia ou ficção científica. A graça dele é exatamente usar esse tema, tendo em vista ter sido publicado em 1857. Sim, você leu certo — mil OITOCENTOS e cinquenta e sete. E, se você ainda não reparou, é uma história de Joaquim Manuel de Macedo, aquele mesmo, que escreveu A moreninha. Essa versão que li é em e–book, da editora EX!, e traz uns extras bem legais, além dessa ótima capa. Vale conferir.


O Haruki Murakami já é um dos meus autores preferidos, e O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação só prova que tudo o que ele escreve merece ser lido. Li esse em e–book, mas dá uma vontade imensa (quando eu tiver espaço) de comprar todas essas edições primorosas da editora Alfaguara para tê–las ali, lado a lado, ostentação pura :) Os personagens são cativantes, a trama é boa como qualquer outra do japonês, o ritmo e o clima da narrativa são imersivos e transportam você para o local — mas isso já era totalmente esperado, sendo uma obra do mestre Murakami. Vai ser difícil, após ler todas as obras dele, montar um top 5… A capa, apesar de simples, representa bem a história, apesar de isso não ser nada claro antes de o livro ser lido :)


E, por fim, a edição 16 da revista Trasgo, editada e organizada e encabeçada pelo Rodrigo van Kampen. Dessa vez, eu destaco os contos O estranho caso dos professores que assobiavam, do Leonardo Maran Neiva, o Revoluções, da Vimala Ananda Jay (que eu conheci pessoalmente, junto ao Rodrigo, no lançamento do livro Trasgo: Ano 1), e o Mylène, da Anna Fagundes Martino (A forma da água, é você…? Olha o Del Toro se inspirando na Anna; melhor checar isso aí :P) Os outros contos, a meu ver, não trouxeram nada de novo, sendo até meio chatinhos. A capa é linda, do sempre ótimo ilustrador Jean Milezzi, mas, quanto aos 3 outros contos não mencionados, acho difícil — ou fico preocupado em — imaginar que tenham sido os melhores dentre as dezenas de contos que os editores recebem a cada edição…


Enfim; é isso aí — essas são as minhas leituras do mês de Janeiro. Espero conseguir fazer mensalmente esses posts, porque realmente é muito bom falar algo, mesmo que pouco, de cada um dos livros que li :)

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