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domingo, 27 de abril de 2014

Sobre boas surpresas


É tão bom quando a gente tem, às vezes, boas surpresas...! E me refiro, neste post, a duas delas.

A primeira, quando uma amiga me disse:

— Você gosta de ler, não é? Tem um livro maluco aqui que é a sua cara; aliás, não é um livro, é uma história em quadrinhos... Você quer?

E eis que ela me dá um exemplar de Sandman! Que maravilha! Mais precisamente o volume 2, A casa de bonecas. Vou ter que comprar o primeiro agora, hehe.




A segunda boa surpresa é em relação ao livro Marés de guerra, da série de World of Warcraft. Como eu postei antes, estou lendo dois livros de games — esse e o do Bioshock. Só que, pelo Skoob, eu tinha lido que, enquanto o segundo era uma boa história de FC independente da experiência com o game, o primeiro era meio difícil de ser entendido sem ter jogado, e que era meio rasa a história. Contudo, a escritora me cativou com alguns aspectos de sua narrativa. Como por exemplo nos trechos onde o personagem Kalecgos (um dragão azul em forma humana!) conversa com Jaina (uma maga humana), num momento tenso e de preocupações, depois onde Jaina se lembra dos prazeres simples do passado, e depois a conclusão de Kalecgos:

"- Soa... errado fazer brincadeiras - suspirou Jaina. (...)
- Pode soar errado - concordou Kalec, servindo-se de ovos, linguiça de javali e mingau de aveia, não obstante a zombaria com as habilidades do chef na noite anterior. - Mas não é.
- Não há dúvidas de que fazer graça é inadequado às vezes. - Jaina serviu-se e sentou-se ao lado de Kalec.
- Às vezes - observou Kalec, provando da linguiça. - Mas a alegria nunca é inadequada. Não a verdadeira alegria. Não a leveza de espírito que torna os fardos mais fáceis de carregar.
(...)

 - Lembro que eu... eu assoviava enquanto cuidava de minhas obrigações Os cheiros, a luz do sol, o singelo prazer de aprender e praticar e, por fim, dominar os feitiços, de me deleitar com queijos e maçãs e pergaminhos...
- Alegria - concluiu Kalec em voz baixa.

(...)

- Acho que você e ela não conviveriam muito bem. Ela nunca entendeu meu interesse pelas... Bem...
- Raças inferiores?
- Eu nunca chamei vocês disso - protestou Kalec. (...) - As raças não dragônicas não são inferiores. Tyrygosa demorou a perceber isso. Vocês são apenas... diferentes de nós. E talvez até melhores do que a gente em alguns aspectos.
- Como você pode dizer uma coisa dessas? - exclamou Jaina, erguendo as sobrancelhas douradas.
- Queijos e maçãs e pergaminhos. Você já conhecia as alegrias simples do cotidiano antes mesmo de completar duas décadas de vida."

É isso que me surpreendeu positivamente. Um escritor menor, digamos assim, poderia se perder em retratar apenas os aspectos épicos, fantásticos, sérios e dramáticos de uma história assim, mas a Christie Golden conseguiu se lembrar dessas "alegrias simples do cotidiano" em sua narrativa, e isso para mim torna qualquer história mais palpável, mais... humana?

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